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https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/407
Title: | Cenários de caça em um remanescente de Mata Atlântica no sudeste do Brasil |
Authors: | Cunha, Cristina Jaques da |
metadata.dc.contributor: | Srbek-Araujo, Ana Carolina |
Keywords: | Áreas protegidas - Caça predatória - Defaunação - Diversidade funcional - Vertebrados |
Issue Date: | 22-Mar-2018 |
Abstract: | A caça é a principal causa de extirpação da fauna nas florestas tropicais. Os vertebrados de médio e grande porte são os mais ameaçados, entretanto, todas as espécies com as quais eles interagem, direta ou indiretamente, também são afetadas. Isso ocore porque os efeitos da caça vão além da perda da fauna, comprometendo as funções ecológicas desempenhadas pelas espécies. Atualmente, mesmo as áreas protegidas são alvo de caçadores, havendo evidências de redução populacional em seu interior. No Brasil, o Bloco Linhares-Sooretama (BLS) é uma das áreas protegidas que está sob pressão de caça e, embora exista um sistema de combate à caça na região, as atividades de proteção vêm sofrendo reduções desde 2009. O objetivo deste estudo foi avaliar se a redução das ações de fiscalização, ocorrida a partir de 2009, influenciou as atividades de caça realizadas no BLS. Foram analisados registros de caça obtidos durante as atividades de proteção ambiental realizadas entre 2000 e 2016. Análises de Coordenadas Principais foram empregadas para compreensão dos padrões de caça no conjunto de dados. Curvas de acumulação de espécies foram utilizadas para analisar os cenários de caça (antes e após a redução das atividades de proteção) e, paralelamente, foi usado Jackknife 1 para estimativa da riqueza de espécies afetadas em cada período. A relação entre massa corporal e número de registros foi avaliada por meio de Correlação de Spearman. As espécies caçadas foram classificadas em grupos funcionais para auxiliar na avaliação do impacto da caça sobre o ambiente. De forma semelhante, foi considerada também a categoria de ameaça das espécies. Foram obtidos 268 registros de caça de 23 táxons de vertebrados. Mammalia foi o grupo mais caçado (n = 15 táxons; 65,2% dos registros), seguido de Aves (n = 6; 26,1%) e Reptilia (n = 2; 8,7%). Os táxons mais caçados foram Cuniculus paca (paca) e Dasypodidae (tatus). O cenário que correspondeu ao período após redução das atividades de proteção foi o que possuiu o maior número de espécies caçadas, principalmente táxons de maior porte. A caça atinge todos os grupos funcionais de mamíferos no BLS, principalmente Herbívoros Terrícolas e Generalistas, e sete das espécies caçadas estão ameaçadas de extinção. Os dados sugerem que as atividades de caça sofreram modificações ao longo do tempo, com maior velocidade de incremento de táxons e maior probabilidade de inserção de novas espécies à lista de espécies caçadas após redução dos esforços de proteção. As aves e mamíferos, sobretudo grandes herbívoros e frugívoros, possuem um importante papel na manutenção e estruturação florestal, sendo a perda destes táxons extremamente danosa para o ambiente. A partir dos resultados obtidos, reitera-se a necessidade de um sistema de proteção efetivo associado às áreas protegidas para minimizar ou evitar os efeitos negativos da ação de caçadores e garantir a conservação das populações animais, bem como das interações ecológicas das quais participam. |
URI: | https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/407 |
Appears in Collections: | Dissertação de Mestrado |
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