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Título: Efeito de inseticidas nos aspectos enzimáticos e fisiológicos em plantas de café Conilon (Coffea canephora) e na microbiota do solo
Autor(es): Krohling, Cesar Abel
Orientador(es): Cruz, Zilma Maria Almeida
Ramos, Alessandro Coutinho
Palavras-chave: Café Conilon - Chlorantraniliprole - Broca-do-café - Fotossíntese - Enzimas - Microbiota
Data do documento: 24-Mar-2010
Resumo: A cultura do café tem grande importância econômica e social para o Estado do Espírito Santo. Anualmente, se produz mais de 10 milhões de sacas sendo que, aproximadamente 70% são da variedade Conilon (Coffea canephora). Vários fatores interferem na produção e na qualidade dos grãos, com destaque para as pragas. O objetivo do estudo foi avaliar, em café Conilon, a eficiência de uma nova mistura de inseticidas, Chlorantraniliprole e Thiamethoxan (Chlo + Thia) no controle da Broca-do-café, e comparar os resultados com aqueles obtidos com Endosulfan. Da mesma forma, comparar os resultados dessa mistura com o Imidacloprid no controle do Bicho-mineiro, além de verificar a interferência das substâncias na microbiota do solo, nos processos bioquímicos e fisiológicos da planta. A área de estudo para controle do Bicho-mineiro foi uma lavoura adulta de café Conilon localizada no Município de Anchieta, ES, onde a mistura dos inseticidas e Imidacloprid foi aplicada no solo via drench, para avaliar o ataque da praga e a interferência na microbiota do solo. O ensaio para avaliar o controle da Broca-do-café, foi desenvolvido em lavoura de doze anos de idade no Município de Alfredo Chaves, ES. A mistura Chlo + Thia e o Endosulfan foram aplicados via foliar e a avaliação realizada nos frutos, após 15 e 30 dias da segunda aplicação, e dos grãos após a colheita. O estudo das características fisiológicas e enzimáticas foi realizado em Marechal Floriano, ES, com mudas de café Conilon da variedade Vitória, Clone 02, transplantadas em vasos de 5,0 L e conduzidas em estufa em condições adequadas de umidade e nutrição. Após 196 dias, foram aplicados inseticidas Chlo + Thia e Endosulfan nas folhas e Chlo + Thia e Imidacloprid no solo. A taxa fotossintética líquida (A), condutância estomática (gs), transpiração (E), rendimento quântico do PSII (Fv/Fm) e a concentração de centros de reação ativos (RC/CS0), foram avaliados durante o período experimental. As atividades das enzimas Superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Fosfatase ácida (ACP) foram determinadas 96 horas após aplicação dos inseticidas na folha e, 18 dias após aplicação no solo. Os resultados demonstraram que a aplicação dos inseticidas via drench não apresentaram diferenças na infestação do Bicho-mineiro em relação ao controle, além da não-interferência na microbiota do solo. Em relação à Broca-do-café, a nova mistura (Chlo + Thia) apresentou eficiência semelhante ao Endosulfan (padrão), nas concentrações mais elevadas de 0,75 e 1,0 L/ha, o que sugere sua utilização na prática para o controle da praga. Quanto aos parâmetros fisiológicos, os valores de A, gs, Fv/Fm e RC/CS0 foram reduzidos ao contrário de E, que sofreu elevação após 48 horas, quando expostas às maiores concentrações dos inseticidas. O Imidacloprid, por sua vez, após 18 dias da aplicação reduziu A e E, enquanto que a mistura exerceu efeito inibitório somente em E. Em relação às enzimas, a SOD apresentou inibição significativa quando expostas às concentrações elevadas dos inseticidas, aplicados tanto na folha como no solo. Doses reduzidas dos inseticidas, aplicados na folha (0,25 L/ha de Chlo + Thia) e no solo (0,75 L/ha de Chlo + Thia e 1,0 kg/ha de Imidacloprid), elevaram a atividade da CAT, ao contrário das concentrações mais elevadas, o que resultou na redução de sua ação protetora nas plantas. A resposta da ACP foi a redução da atividade enzimática na presença dos inseticidas em todas as concentrações, aplicados tanto na folha como no solo. Estes resultados permitem concluir que a nova mistura de inseticidas Chlo + Thia, apresentou menor toxicidade em relação ao Endosulfan quando comparado às atividades enzimáticas. O perfil fisiológico das plantas mostrou alterações negativas na eficiência fotoquímica e na ação estomática, quando expostas às elevadas concentrações dos inseticidas. A análise na microbiota do solo, por sua vez, demonstrou que os fungos foram menos sensíveis do que as bactérias.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/701
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