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Title: Modelos de nicho ecológico e a distribuição de Phyllodytes (Anura, Hylidae): uma perspectiva temporal de um gênero potencialmente ameaçado de extinção por mudanças climáticas e interações biológicas
Authors: Marques, Marcio Mageski
metadata.dc.contributor: Roper, James Joseph
Varela, Sara
Keywords: Mata Atlântica - Anfíbios - Mudanças climáticas - Bromélias - MaxEnt
Issue Date: 9-Feb-2018
Abstract: Usamos modelos de nicho ecológico para avaliarmos os efeitos de mudanças climáticas e interações biológicas sobre a distribuição de Phyllodytes sobre tempo. Todas as espécies de Phyllodytes usam bromélias obrigatoriamente para reprodução, além de serem endêmicos da Mata Atlântica. Nesse contexto, no primeiro capítulo avaliamos a distribuição atual de Phyllodytes, para encontrar os fatores climáticos limitantes e melhoramos esses modelos incluindo riqueza de bromélias. No segundo capítulo, avaliamos a distribuição de Phyllodytes e bromélias desde o Plioceno (3 ma), Pleistoceno (21 ka), Holoceno (6 ka) até o presente para tentar determinar o porquê e quando Phyllodytes ficou isolado no leste do Brasil. No terceiro capítulo, prevemos como a distribuição de Phyllodytes será afetada no futuro (2080-2100) pelas mudanças climáticas, com implicações sobre conservação e áreas protegidas. Nós modelamos a distribuição de Phyllodytes usando Sistema de Informação Geográfica (SIG) e métodos de máxima entropia (MaxEnt), com 75% de dados para treino e 25% para teste, com 1000 iterações e 2 multiplicador beta. Em todos os modelos usamos a extensão da América do Sul como paisagem. Os modelos do primeiro capítulo mostraram uma melhoras nas acurácias das predições e no valor de AICc quando as bromélias foram incluídas. O modelo clima + bromélias mostra que a distribuição potencial atual de Phyllodytes ficou mais restrita à região costeira em relação aos demais, embora em uma região considerada hotspot de bromélias. Assim, a distribuição de bromélias, além de clima, é limitante para Phyllodytes. Os modelos do segundo capítulo mostraram que a distribuição potencial de Phyllodytes aumentou desde o último máximo glacial. Além disso, os modelos mostraram que a distribuição dos sapos poderia ter sido ainda maior com limites unilaterais. Nessas regiões sempre havia clima favorável e bromélias disponíveis, o que implica que nunca foram limitante no passado. Sobretudo, Phyllodytes parece evitar a sobreposição com outros sapos potencialmente predadores e competidores. Isso sugere que por conta de competição e predação Phyllodytes foi forçada a ocupar áreas menos favoráveis climaticamente. Os modelos do terceiro capítulo mostraram uma redução considerável da distribuição de Phyllodytes no futuro, principalmente no cenário mais pessimista de aumento de temperatura. Nesse contexto, a distribuição de Phyllodytes é predita somente para os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro e ainda com uma viabilidade climática reduzida. Isso mostra a urgente necessidade de implantar novas unidades de conservação, considerando a dinamicidade climática, de modo à assegurar a conservação do gênero.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/474
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