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Title: Kefir de leite previne lesões gástricas induzidas pelo uso de anti-inflamatório não esteroidal
Authors: Côco, Larissa Zambom
metadata.dc.contributor: Campagnaro, Bianca Prandi
Keywords: Probióticos - Úlcera gástrica - Estresse oxidativo - Óxido nítrico - Inflamação
Issue Date: 10-Feb-2021
Abstract: Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são uma classe de medicamentos amplamente utilizados pela população por apresentarem diversas propriedades terapêuticas. No entanto, a utilização prolongada de AINEs está associada ao surgimento de úlceras gástricas por inibição das enzimas cicloxigenases (COX) 1 e 2, com consequente redução da produção de prostaglandinas que são fundamentais para a proteção do tecido gástrico. O tratamento ou profilaxia de lesões gástricas envolve o uso de medicamentos que diminuem a secreção de ácido gástrico no lúmem estomacal. Entre os medicamentos mais prescritos, destacam-se os inibidores da bomba protônica (IBP) os quais, quando utilizados a longo prazo, podem levar o indivíduo a desenvolver reações adversas assim como predispor ao aparecimento de outras doenças. Diante disso, é crescente a busca por alternativas de tratamento para úlcera gástrica e, neste contexto, destaca-se o kefir, uma bebida fermentada com características probióticas e prebióticas. O kefir apresenta diversos benefícios a quem o consome regularmente, sendo estes geralmente associados aos seus efeitos anti-inflamatório e antioxidante. Considerando que as lesões gástricas são dependentes do estresse oxidativo, nosso estudo teve como objetivo avaliar o efeito gastroprotetor do kefir de leite em modelo experimental de úlcera gástrica induzida por AINE. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss machos (~35g) que foram aleatoriamente divididos em 3 grupos (n=8): Veículo (leite integral UHT pH 5 na dose de 0,3 mL/100g), IBP (Lansoprazol 30 mg/kg) e kefir de leite 4% (0,3 mL/100g). O tratamento foi realizado por gavagem e teve duração de 14 dias e no último dia os animais foram colocados em jejum por 12 horas. Após esse tempo foi administrada indometacina (40mg/kg, por gavagem) e 6 horas depois foi realizada a eutanásia para coleta de amostras de plasma, suco e tecido gástrico. Foram realizadas análises do pH do suco gástrico, de lesão gástrica (macro e microscopicamente), produção de muco citoprotetor e 14 estrutura do tecido gástrico. Além disso, nas células gástricas isoladas foram avaliadas a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e óxido nítrico (NO), viabilidade e apoptose, além da análise do conteúdo de DNA. No plasma foram avaliadas citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias e a atividade da enzima mieloperoxidase. Nossos resultados mostraram que o pré-tratamento com kefir durante 14 dias foi capaz de prevenir lesões gástricas e aumentar a produção de muco citoprotetor. Nas células gástricas isoladas o uso do kefir foi capaz de reduzir os níveis ROS com simultâneo aumento de NO e consequente diminuição de apoptose celular. Sistêmicamente, o kefir, foi capaz de reduzir níveis de TNF-α. Nossos dados mostram que os efeitos antioxidante e antiinflamatório do kefir de leite são responsáveis pela gastroproteção observada no modelo experimental de lesão induzida por AINE.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/1766
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