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Título: Avaliação da infectividade de ovos de Toxocara canis após a ação de fungos nematófagos
Autor(es): Hiura, Emy
Orientador(es): Braga, Fabio Ribeiro
Palavras-chave: Helmintos - Pochonia chlamydosporia - Duddingtonia flagrans - Controle biológico
Data do documento: 9-Fev-2015
Resumo: O Toxocara canis é conhecido comumente como verme redondo do cão, sendo o principal causador da larva migrans visceral em humanos, essa doença tem uma importância zoonótica de distribuição mundial. O controle deste parasito é realizado por meio da utilização de anti-helmínticos, no entanto, já existe relato de resistência parasitária em cães. Nesse sentido e levando em consideração a contaminação do ambiente com ovos de helmintos (T. canis), estudos com medidas alternativas de controle são requisitadas. Dessa forma, a utilização de fungos nematófagos é estudada como controle biológico de helmintos. As espécies Duddingtonia flagrans e Pochonia chlamydosporia têm característica de predar larvas e ovos de geohelmintos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a capacidade predatória dos fungos nematófagos D. flagrans (AC001) e P. clamydosporia (VC4) sobre Toxocara canis em ensaios in vitro (A) e in vivo (B). O ensaio A foi composto em teste de predação do fungo D. flagrans sobre larvas de segundo estádio de T.canis em placa de Petri no intervalo de 7 dias. No ensaio B foram inoculados ovos banhados com fungos (AC001 e VC4) em galinhas. Foram avaliados fígados, intestinos, músculos e pulmões digeridos e nos intervalos de 3, 7, 14 e 21 dias após a inoculação. Os dados foram analisados estatisticamente pela análise de variância em níveis de significância de 1 e 5% de probabilidade. No resultado do ensaio A realizado nos dias 2, 3, 4, 5 e 6 foi observado diferenças estatísticas (p<0,01) das médias de contagem das larvas do tratado em relação ao controle. O percentual de redução das larvas do ensaio in vitro foi de 53,4 %. No ensaio B, o órgão digerido com a maior quantidade de larvas encontradas foi o fígado do dia 21 com a média de 26,9(±2,5) larvas. Nos 3, 14 e 21 dias após a infecção obteve uma diferença estatística de (p<0,01) nas médias das contagens de larvas no fígado dos grupos tratados em relação ao controle. Em relação ao pulmão digerido obtiveram diferenças estatísticas em todos os grupos. No intestino houve diferenças estatísticas no dia 3 (0,2±0,4: VC4/ 0,4±0,5: AC001/ 1,6± 1,2: controle), já no dia 7 pós-infecção, houve uma diferença estatística somente na média do fungo D. flagrans (0,1±0,3) com o controle (0,6±0,5). O músculo digerido demonstrou um resultado p<0,01 entre os tratados e o controle do dia 7 (0,1±0,3/VC4; 0±0/ AC001 e 3,0±4,2/ controle), no dia 14 também obteve diferença, mas somente com o fungo P. clamydosporia (0,2±0,4) e o controle (2,1±2,3). O percentual de redução das larvas do ensaio in vivo foi de 87,1 % (AC001) e 84,5% (VC4), com estes resultados certificamos a diminuição na quantidade de larvas, e consequentemente a migração destes pelos tecidos após a ação dos fungos (AC001 e VC4). Por meio dos valores encontrados no presente trabalho confirmamos a ação dos fungos sobre o T. canis, assim podendo indicar o uso destes como uma alternativa do controle biológico servindo para complementar as medidas de prevenção e controle deste nematoide.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/277
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