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https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/298
Título: | Avaliação do estado de saúde de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus Forster 1781) encalhados no Espírito Santo e no Rio de Janeiro entre 2012 e 2013 |
Autor(es): | Mayorga, Luis Felipe Silva Pereira |
Orientador(es): | Rossi Junior, João Luiz |
Palavras-chave: | Ave marinha - Parâmetros clínicos - Encalhe - Reabilitação |
Data do documento: | 24-Fev-2016 |
Resumo: | Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) são aves marinhas nativas do sul da América do Sul, nidificando na Argentina, Chile e Ilhas Malvinas/Falkland. Durante o inverno, estas aves nadam ao longo da plataforma continental em busca de alimento, atingindo o litoral brasileiro. O presente estudo investigou o estado de saúde de pinguins-de-Magalhães recebidos pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), buscando identificar características e padrões que possam ajudar a entender os mecanismos ecológicos que levam ao encalhe destas aves em praias brasileiras. Foram estudados 494 indivíduos resgatados desde o extremo norte do Espírito Santo (Conceição da Barra) ao centro do estado do Rio de Janeiro (Saquarema) nos anos de 2012 e 2013. O litoral estudado foi dividido em quatro regiões: Norte (Conceição da Barra a Aracruz), Grande Vitória (Fundão a Guarapari), Centro (Anchieta a Macaé) e Lagos (Rio das Ostras a Maricá). Dez indivíduos deram entrada com plumagem característica de adultos, enquanto que todos os demais apresentavam padrão de plumagem típico de juvenis com idade inferior a um ano. Apenas sete pinguins deram entrada com contaminação por óleo em sua plumagem (1,4%), sendo quatro em 2012 e três em 2013. Os animais foram resgatados nos meses de junho a março, com a maioria sendo resgatada de julho a novembro. A distribuição do número de animais resgatados em cada região não foi homogênea, sendo que os animais da região dos Lagos tiveram uma tendência a serem resgatados mais tardiamente na temporada, de setembro a novembro, enquanto que os animais das demais regiões foram resgatados predominantemente de julho a setembro. A condição corporal à admissão foi registrada para 479 indivíduos, sendo que a maior parte dos animais estava em pobre condição corpórea no momento da admissão ao centro. Foi constatado um padrão latitudinal para condição corporal, massa corpórea, comportamento, coloração da mucosa oral e temperatura corporal, sendo que os animais originários das regiões dos Lagos e Centro apresentavam parâmetros indicativos de uma melhor condição de saúde do que os animais resgatados nas regiões da Grande Vitória e Norte. Este padrão pode ser explicado em parte pelo maior intervalo entre o resgate na região dos Lagos e o exame de admissão no IPRAM, sendo possível que apenas os pinguins com melhores parâmetros vitais sobrevivam o suficiente para serem entregues ao IPRAM. Além disso, é provável que a ressurgência de Cabo Frio na região dos Lagos produza condições oceanográficas favoráveis para alimentação da espécie, favorecendo uma melhor condição de saúde. De modo geral, os resultados deste estudo corroboram a interpretação de que o encalhe da maior parte dos pinguins no litoral sudeste do Brasil é consequência de um quadro de debilitação e deficiência nutricional que, por sua vez, deriva de uma dificuldade em obter alimento em quantidade e qualidade energética suficientes. |
URI: | https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/298 |
Aparece nas coleções: | Dissertação de Mestrado |
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