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Título: Ecofisiologia de Geophagus Brasiliensis em função da temperatura e oxigênio dissolvido
Autor(es): Pereira, Jéssica Alves
Orientador(es): Gomes, Levy de Carvalho
Palavras-chave: Hipóxia - Metabolismo energético - Comportamento - Vias aeróbicas - Anaeróbicas
Data do documento: 27-Fev-2015
Resumo: Oxigênio e temperatura são os fatores mais limitantes dos ambientes aquáticos. Diversas espécies são expostas a variações desses fatores na água como consequência dos processos físico-químicos e biológicos, e também pela eutrofização do ambiente que, juntos, interferem diretamente na distribuição da ictiofauna. Como resultado, esses organismos desenvolveram adaptações fisiológicas, bioquímicas e comportamentais como estratégia alternativa para se ajustarem a essas variações. Os ciclídeos amazônicos e africanos são conhecidos por sua tolerância em ambientes hipóxicos, que foi atribuída pela plasticidade adaptativa apresentada pelo grupo. Entre os mecanismos adaptativos desenvolvidos estão, a utilização do metabolismo anaeróbico, aumento na eficiência de captação do oxigênio e a realização de supressão metabólica. O presente estudo buscou avaliar o perfil metabólico e comportamental da espécie Geophagus brasiliensis através de análises dos parâmetros hematológicos lactato, hemoglobina e glicose, do glicogênio hepático e muscular, das atividades das enzimas Lactato Desidrogenase (LDH; E.C. 1.1.1.27), Malato Desidrogenase (MDH; E.C. 1.1.1.37) e Citrato Sintase (CS; E.C. 4.1.3.7), após expor os indivíduos a concentrações de oxigênio de 1,5 mg/L (~30mmHg) e 6,0 mg/L (~100mmHg) combinadas com temperaturas 20°C, 24°C e 28°C. Foram quantificados também o consumo de oxigênio, a contagem de batimentos operculares e a concentração de perda de equilíbrio (PDE) dos indivíduos expostos às temperaturas citadas. Em condição de hipóxia a concentração de glicose plasmática apresentou um aumento significativo nas temperaturas de 20°C e 24°C. Os valores de hemoglobina aumentaram significativamente em hipóxia à 24°C. O glicogênio hepático foi significativamente reduzido em hipóxia à 24°C e 28°C. À 24°C e 28°C, em condições normais de oxigênio, os indivíduos apresentaram um maior consumo em uma menor escala de tempo e, em todas as temperaturas, houve uma redução significativa de consumo quando expostos à hipóxia. A perda de equilíbrio dos animais ocorreu à uma maior concentração de oxigênio em 24°C e 28°C. Um importante estratégia apresentada pela espécie foi a supressão metabólica que pode ser observada pela redução na atividade da enzima MDH no fígado e da CS no coração em condição de hipóxia. A utilização do metabolismo anaeróbico também foi uma estratégia adotada por essa espécie vista através do aumento na atividade da enzima LDH no músculo. Os resultados apontam a grande contribuição do efeito sinérgico de temperatura e hipóxia no mecanismo de respostas de Geophagus brasiliensis.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/423
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