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https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/554
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor | Herkenhoff, Luciana Souza Borges | - |
dc.contributor | Herkenhoff, Henrique Geaquinto | - |
dc.contributor.author | Gomes, Caio César de Farias | - |
dc.date.accessioned | 2020-11-11T13:33:07Z | - |
dc.date.available | 2020-11-11T13:33:07Z | - |
dc.date.issued | 2019-05-16 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/554 | - |
dc.description.abstract | O presente estudo teve como objetivo geral analisar os indícios de comportamento suicida e seus fatores protetivos e de risco em policiais militares. No que se refere aos objetivos específicos, foram analisados os seguintes aspectos: I – perfil socioeconômico; II- trajetória profissional; III - o trabalho na Polícia Militar; IV- o fazer policial; V – capital social e redes sociais; VI – nível de estresse; e VII – os motivos para viver relacionados aos fatores de risco e proteção para comportamentos suicidas. Para tanto, partiu-se de uma análise quali quantitativa ,em uma amostra composta por 37 policiais militares ,de ambos os sexos (89% homens e 10,8% mulheres),locados em um batalhão militar na cidade de Vila Velha – ES. Foram utilizados dois instrumentos que permitiram a investigação e análise dos estudos propostos: “Questionário de Vida e Valorização do Profissional de Segurança Pública no Brasil” e “Escala Motivos para Viver” (EMVIVER). Quanto à análise dos dados, foram utilizados os métodos descritivos e exploratórios. Em relação aos resultados, no que se refere ao perfil socioeconômico, a amostra indicou que a maioria dos participantes são casados(as) ou amasiados(as), possuindo ao menos um filho. Além disso, a maior parte dos policiais possuem algum tipo de religião ou acreditam em um ser superior. Desse modo, percebe-se que tanto a família quanto a religião, aparecem como um importante e presente indicador protetivo na presente população. Quanto à trajetória profissional, no que se refere ao posto ou graduação dos policiais, a maior parte da população pesquisada foi composta por praças. Assim, foi possível verificar que a grande maioria dos entrevistados exercem atividades operacionais, executando as ordens emitidas por oficiais na realização das atividades. Em relação ao trabalho na Polícia Militar, os resultados apontaram que a maioria dos participantes disseram não estarem satisfeitos com o trabalho, a infraestrutura e recursos materiais de trabalho, o salário bruto mensal, a assistência médica, o regulamento disciplinar da Polícia Militar, as oportunidades de ascensão na carreira e a valorização social do trabalho. Desse modo, os resultados apontaram para importantes fatores de risco ao estresse e adoecimento mental, evidenciando possíveis indícios ao comportamento suicida. Entretanto, em relação aos fatores protetivos, os resultados demonstraram a existência de laços afetivos entre os policiais pesquisados, ou seja, a maioria dos participantes disseram estar satisfeitos com o vínculo e a formação de amizades entre os colegas de trabalho. Quanto ao fazer policial, quase todos os policiais disseram nunca ter sofrido ferimentos por arma de fogo, seja no serviço ou em período de folga, entretanto, alguns entrevistados relataram ter participado de uma operação em que o colega policial foi ferido por arma de fogo. Já em relação à perda de um amigo policial por morte violenta (acidente, homicídio ou suicídio), a maior parte dos policiais disseram já ter perdido um amigo dessa forma. Assim, apesar da grande maioria dos policiais não terem sofrido ferimentos no serviço ou em período de folga, foi possível verificar uma exposição a tais agressões, mesmo que referente aos colegas ou aos companheiros policiais. Quanto à formação de capital social e redes sociais, os resultados demonstraram que a maior parte dos participantes não confiam nas pessoas, demonstrando certa particularidade nas inter-relações. Quanto à sociabilidade, os dados apontaram que a família é mais presente nos momentos de lazer e afazeres fora do ambiente de trabalho. A maior parte dos policiais disseram dialogar e brincar frequentemente com os seus filhos e esposa(o). Poucos disseram participar de atividades com amigos. A maior parte dos policiais disseram nunca ou quase nunca participarem de tais atividades com colegas de trabalho. Desse modo, verificou-se que a família é um importante fator protetivo para esses profissionais, mostrando-se presente e ativa junto aos policiais. Foi possível verificar restrições quanto à sociabilidade em relação a amigos e colegas de trabalho. Já em relação ao nível de estresse dos participantes, os resultados demonstraram a existência de importantes sinais e sintomas manifestados nas condições de saúde desses profissionais. Desse modo, a maior parte dos policiais apresentaram problemas com o sono, dificuldades de concentração e sensação de cansaço ao menos uma vez ao dia. Além disso, alguns policiais relataram ter tido ideações e tentativas de suicídio. Portanto, foi possível verificar um elevado grau de estresse na população pesquisada, sendo manifestado pelas dificuldades do sono, de concentração, na fadiga e na falta de energia na realização de atividades e, até mesmo, em comportamentos autodestrutivos, como nas ideações e tentativas de suicídio. Por fim, poucos policiais disseram conhecer algum programa de prevenção de suicídio na Polícia Militar, demonstrando, assim, a importância de maiores investimentos em ações e intervenções relacionadas a tais fatores, uma vez que há indícios de fatores de comportamento suicida na presente amostra, manifestado através do nível de insatisfação, do grau de estresse e da existência de ideações e tentativas de suicídio por partes de alguns policiais. No que se refere aos motivos para viver, os resultados mostraram que a maioria dos policiais participantes dessa pesquisa demonstraram motivos para viver nas três categorias investigadas: I- Relações Significativas; II- Amor pela Vida; e III- Virtudes. Desse modo, os resultados da pesquisa apontaram que, na amostra investigada, ter relações significativas, amor pela vida e possuir virtudes, entre elas a fé em um ser superior, são fatores protetivos à vida, reduzindo assim o risco ao suicídio. Os dados obtidos nesse estudo permitiram analisar que o policial militar, em sua ocupação profissional, faz parte de um grupo de risco de morte por suicídio. Fatores como o ambiente de trabalho, o estresse ocupacional e o trabalho ostensivo, entre outros, colaboram para tal fenômeno, afetando diretamente a saúde mental desses indivíduos. Por outro lado, a valorização desse profissional, um ambiente de trabalho saudável, boa convivência com amigos e familiares, são fatores protetivos e que podem, e devem, ser incrementados pelos governantes e responsáveis pelas corporações militares para garantia da vida com qualidade e diminuição de comportamentos suicidas. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Comportamento Suicida | pt_BR |
dc.subject | Policiais Militares | pt_BR |
dc.subject | Indicadores Protetivos | pt_BR |
dc.subject | Indicadores de Risco | pt_BR |
dc.title | Um estudo sobre o suicídio em policiais militares do Espirito Santo: indicadores protetivos e de risco | pt_BR |
dc.type | Dissertation | pt_BR |
dc.publisher.country | brasil | pt_BR |
dc.description.resumo | The present work aimed at analyzing signs of suicidal behavior and its protective and risk factors in officers of the Military Police. Regarding specific objectives, the following aspects were evaluated: I - socio-economic profile; II - professional trajectory; III - labor in the police; IV- police deeds; V - social capital and social networks; VI - stress levels; and VII - the reasons to live in relation to risk factors and protection against suicidal behavior. In order to do so, this study was based on a quantitative and qualitative analysis of a sample composed by 37 police officers deployed in the Military Police Headquarter in the city of Vila Velha, Espirito Santo, Brazil. The given sample consisted of both sexes, being 89.2% men and 10.8% women. Two research instruments were used to investigate and depict the proposed studies - "Life and Valuation Questionnaire for Public Safety Professionals in Brazil" and "Reasons for Living Scale" (EMVIVER). For the data analysis proposal, the descriptive and exploratory methods were applied. Regarding the results, in relation to the socio-economic profile, the sample indicated that the majority of the participants were married or were cohabiting, having at least one child in average. In addition, most police officers have some kind of religion or believe in a higher self. As a result, it is perceived that both family and religion appear as an important and present protective indicator in the present population. When it comes to the professional trajectory, referring to the role performed in the police corporation or to the police ranking, the majority of the researched population was composed by simple officers. Thus, it was possible to verify that the bulk of the interviewed subjects carry out operational activities, executing the orders issued by the higher officers while performing their tasks. Concerning the labor in the Military Police, the results indicated that: most of the participants said they were not satisfied with the work, the infrastructure and material resources, the gross monthly salary, the medical assistance, the disciplinary regulation of the Military Police, the opportunities for career development and the social value of their work. The results pointed to important risk factors for stress and mental illness, evidencing possible signs of suicidal behavior. However, concerning the protective factors, the results display the existence of affective bonds between the police officers, that is, the majority of participants said they were satisfied with the bonding and the establishment of friendships among co-workers. As for the police officer deeds, almost all the police officers said they had never been injured by guns, neither while in service nor in their off time. Although, some interviewees reported having participated in an operation in which a police officer was injured by guns. About the loss of a police friend due to violent death (accident, homicide or suicide), most of the police said they had already lost a colleague this way. Despite of the fact that the great majority of police officers were not injured while in service or in vacation, it was possible to verify an exposure to such assaults, even when referring to colleagues or to other police officers. As for the formation of social capital and social networks, the results showed that most of the participants have trusting issues, particularly in their interrelationships. Moreover, in relation to sociability, the data pointed out that the family is more present in moments of leisure, activities outside the workplace and in moments of socialization than friends or co-workers. In such manner, most of the police officers said they would talk and play often with their children and their wife or husband. When it comes to going out to chat and relax, few participants said that they engage in this type of activity with friends - and most police officers stated they hardly ever do this kind of activity with co-workers. It was verified that the family is an important protective factor for these professionals, being constantly present and active among the police officers. Though it was also possible to verify restrictions on sociability concerning friends and co-workers - possibly these relations happen mostly in the workplace. Regarding the level of stress of the participants, the results indicate the existence of important signs and symptoms of hardship manifested in the health conditions of these professionals. Hence, most police officers had problems with sleep, difficulty to concentrate and endure exhaustion at least once a day. In addition, some police officers reported they had some suicidal thoughts and ideas. Therefore, it was possible to verify a high degree of stress in the researched population, being manifested by the difficulties of sleep, concentration, fatigue and lack of energy in the performance of activities and even in self-destructive behaviors, such as in suicide thoughts and attempts. Finally, a small number of police officers said they were aware of any type of suicide prevention program in the Military Police, demonstrating the importance of greater investments in actions and interventions related to such factors, since there are signs of suicidal behavior in the present sample, manifested through the level of dissatisfaction, the degree of stress and the existence of suicidal thoughts and endeavors by some police officers. Referring to the reasons for living, the results showed that most of the police officers participating in this research demonstrated reasons for living in the three categories investigated: I- Significant Relationships; II- Love for Life; and III- Virtues. The research results showed that, as per the investigated sample, having significant relationships, love for life and possessing virtues, including faith in a higher self, are protective factors for life, culminating in reducing the risk of suicide. The data obtained in this study allowed us to show that the police officer in his professional occupation is part of a suicide risk group. Factors such as the work environment, occupational stress and ostensive work among others collaborate to this phenomenon directly, affecting the mental health of these individuals. On the other hand, the valorization of this professional, a healthy work environment, good coexistence with friends and family are protective factors that should be enforced by the rulers and people responsible for military corporations, in order to ensure life quality and by consequence decrease suicidal behavior. | pt_BR |
Appears in Collections: | Dissertação de Mestrado |
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