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Título: Influência da luminosidade sobre a decomposição de detritos foliares e crescimento do biofilme em riachos de Mata Atlântica (ES)
Autor(es): Rangel, Juliana Vieira
Orientador(es): Moretti, Marcelo da Silva
Palavras-chave: Decomposição foliar - Produção primária - Organismos decompositores - Luminosidade - Efeito primário aquático - Vegetação ripária
Data do documento: 24-Ago-2018
Resumo: Os riachos de pequena ordem são ecossistemas prevalentemente heterotóficos onde a matéria orgânica alóctone é a principal fonte de energia. Entretanto, a luminosidade, que é considerada um dos principais fatores que regulam a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas aquáticos, pode afetar a atividade microbiana e dos invertebrados aquáticos e, consequentemente, as taxas de decomposição. O objetivo deste estudo foi avaliar in situ a influência da luminosidade na decomposição de detritos foliares, bem como seus efeitos sobre a comunidades de organismos decompositores e composição química e microbiológica dos detritos foliares. Detritos foliares da espécie nativa Miconia chartacea foram colocados em litter bags de malha grossa (10 mm) e fina (0,5 mm) e incubados em trechos sombreados (S) e com luz (L) em 3 riachos de Mata Atlântica. Três réplicas de cada tratamento foram retiradas após 30, 60 e 90 dias de incubação e levadas para o laboratório para a determinação do peso seco e composição química dos detritos foliares (polifenóis, carboidratos, celulose e lignina). A composição taxonômica das comunidades de invertebrados e hifomicetos aquáticos associados aos detritos foliares também foi determinada, bem como as concentrações de clorofila-a e a concentração bacteriana (CFU). A perda de peso dos detritos foliares de Miconia chartacea foi mais acelerada no tratamento L independentemente da malha, podendo ser até 1,5 vezes mais rápida. Todas as variáveis químicas e microbiológicas, com exceção da clorofila-a na malha grossa, apresentaram diferenças significativas em relação ao tratamento e/ou tempo. A taxa de esporulação dos hifomicetos aquáticos assim como a riqueza em espécies no tratamento L foram superiores ao tratamento S em todos os tempos do processo de decomposição na malha fina. O mesmo ocorreu na malha grossa com a abundância e a riqueza de invertebrados aquáticos. Os resuldados desta dissertação sugerem que variações na disponibilidade de luz podem influenciar o processamento da matéria orgânica em ecossistemas heterotróficos por meio de múltiplos níveis tróficos. Além disso, fornecem evidências de que a heterogeneidade proporcionada pela vegetação ripária ao longo do riacho pode criar trechos com distinta estequiometria dos nutrientes, dinâmica de colonização dos microrganismos e composição taxonômica de invertebrados aquáticos.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/672
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