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Título: Avaliação dos efeitos clínicos, sedativos e cardiovasculares promovidos pelo uso da dexmedetomidina isolada ou em associação com a metadona em equinos hígidos
Autor(es): Fereguetti, Paula Renata
Orientador(es): Monteiro, Betânia Souza
Palavras-chave: Alfa-2 agonistas - Opioides - Controle da dor - Sedação - Alterações cardiorespiratórias
Data do documento: 3-Nov-2021
Resumo: A neuroleptoanalgesia, caracterizada por analgesia e sedação, sem perda da consciência, é uma alternativa à anestesia geral. Nessas condições, um protocolo que promova sedação e analgesia com auxílio de anestesia locorregional, facilitando o acesso e a manipulação para realização de exames,procedimentos cirúrgicos de curta duração e diagnóstico, minimizando riscos e complicações hemodinâmicas seria o ideal. Considerando o amplo espectro do uso dos alfa-2 agonistas o objetivo deste estudo foi comparar dois novos protocolos utilizando dexmedetomidina isolada, ou associada com a metadona, com doses reduzidas, administrada pela via intravenosa em equinos, avaliando os efeitos sedativos, parâmetros clínicos, além do relaxamento muscular da língua e estímulo auricular com movimento de cabeça e alterações eletrocardiográficas. Foram selecionados 6 equinos da raça quarto de milha, adultos, sem distinção de sexo, com peso aproximado (431,8 ± 30,3 Kg), hígidos,comprovados por meio de exames clínicos, infecciosa equina, hemograma completo com perfil bioquímico para anemia renal (ureia creatinina), perfil hepático (Aspartatoaminotransferase, Fosfatase Alcalina, Albumina e Gama Glutamiltransferase) e exames parasitológicos dentro dos valores normais. Foi definida a utilização dos mesmos grupos de animais, com intervalo de sete dias, para minimizar a influência do temperamento e inconstância individual nas respostas comportamentais e fisiológicas avaliadas. Utilizou-se o grupo 1 - DEX (dexmedetomidina2 mcg/kg) e grupo 2 - DEXMET (dexmedetomidina2 mcg/kg e metadona 0,05mg/kg) para os quais foram avaliados: pressão arterial sistólica, frequência cardíaca, e eletrocardiograma (para avaliação de eventuais arritmias como bloqueio átrio ventricular e intervaloPR), frequência respiratória, temperatura reta, avaliação de mucosas, mensuração da distância queixo-solo , avaliação do grau de ataxia, relaxamento muscular da língua e estímulo auricular com movimento de cabeça, glicemia e movimento intestinal. Todos os parâmetros foram mensurados no tempo zero (avaliação basal) e nos tempos 5, 10, 30, 60 e 90 minutos, respectivamente. As variáveis qualitativas foram apresentadas por distribuição de frequências absolutas e relativas. Todas as variáveis quantitativas foram apresentadas por medidas de tendência central e de variação e terão a normalidade avaliada peloteste de Shapiro-Wilk. Na parte inferencial foram aplicados os seguintes métodos: (a) a comparação entre as variáveis FC, FR, Temperatura, PR, PAS, DQS, Glicemia foi realizada preferencialmente pelo teste t de Student, todavia, quando ao menos uma das amostras não apresentava distribuição gaussiana foiutilizado o teste U de Mann-Whitney; (b) as variáveis RML/MC, Graus de Ataxiae Estímulo auricular foram avaliadas pelo teste U de Mann-Whitney; a Ausculta dos quadrantes, Bloqueio atrioventricular foram avaliadas pelo Teste Exato de Fisher. Foi previamente fixado erro alfa em 5% para rejeição de hipótese nula eo processamento estatístico foi realizado nos programas BioEstat versão 5.3 e STATA release 17. Houve diferença estatística entre os grupos DEX e DEXMET,sendo observado efeito de tempo para as variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, glicemia e motilidade intestinal, porém essas diferenças não foram clinicamentesignificativas. No grupo DEXMET a distância queixo ao solo apresentou menores distâncias em relação ao solo no grupo DEX. As variáveis relaxamento muscular da língua, estímulo auricular com movimento de cabeça e a ataxia não apresentaram diferenças estatísticas. Também não foram observadas alterações eletrocardiográficas (bloqueio átrio ventricular e intervalo PR). Conclui-se que a metadona potencializa e prolonga o efeito sedativo da dexmedetomidina, sem causar alterações cardiorrespiratória que limitem sua utilização clínica, sugerindo que esta associação é segura para espécie.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/895
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