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Título: Avaliação do efeito anti-hipertensivo do extrato aquoso de juçara
Autor(es): Puppin, Augusto Altoé
Orientador(es): Brasil, Girlandia Alexandre
Endringer, Denise Coutinho
Palavras-chave: Antioxidante - Anti-hipertensivo - Frutas - Açai
Data do documento: 16-Set-2019
Resumo: A Palmeira juçara (Euterpe edulis) é uma espécie nativa da mata atlântica, amplamente conhecida e explorada devido ao palmito que é consumido pela população; por conta dessa exploração, ela se tornou uma espécie em risco de extinção. A palmeira produz frutos de coloração roxo-escuro, ricos em compostos bioativos, especialmente as antocianidinas, que são conhecidamente cardioprotetoras. Estudos prévios demonstraram potencial cardioprotetor, entretanto, nenhum avaliou o consumo do fruto da juçara em modelo de hipertensão essencial. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é avaliar o impacto do tratamento crônico com extrato aquoso dos frutos de juçara em modelo de hipertensão essencial (ratos SHR) e os mecanismos envolvidos. Materiais e métodos: Foram utilizados ratos SHR machos com idade entre 2-3 meses, fornecidos pelo laboratório de acompanhamento experimental da UVV, todos os procedimentos foram aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da universidade (447/2017). Os animais foram mantidos em gaiolas coletivas e separados nos seguintes grupos: grupo controle (S) recebeu apenas o veículo (água deionizada); grupo controle captopril (SC) foi tratado com captopril (40mg/kg/dia); grupo juçara (SJ) tratado com o extrato de juçara (4,4mL/kg/dia). Todos os tratamentos foram mantidos por 60 dias e foram realizados via oral. Após o período de tratamento, os animais foram anestesiados (cetamina/xilasina, 100/10mg/kg; i.p.) e tiveram a veia e a artéria femural cateterizadas 24h após o procedimento, a pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) foram coletados, o barorreflexo arterial foi avaliado por meio da aplicação in bolus de nitroprussiato ou fenilefrina. Os órgãos foram coletados (coração) e a razão peso coração/comprimento da tíbia analisada; adicionalmente, foram quantificados os produtos de oxidação proteica (AOPP), peroxidação lipídica (TBARS) e a atividade das enzimas antioxidantes (SOD e Catalase). Os resultados foram expressos como média±erro padrão da média, submetidos a análise de variância de uma via ANOVA, seguido pelo teste post hoc de tukey. Resultados: O tratamento promoveu redução na PAM dos animais, de modo semelhante ao grupo controle (S: 169,1±4,6; SC: 154,5±0,9; SJ: 149,1±5,0 mmHg), não houve modificação na FC (S: 325,3±9,77; SC: 320,2±13,9; SJ: 309,3±4,6 bpm). O tratamento melhorou a sensibilidade do barorreflexo arterial frente ao nitroprussiato de sódio (S: 1,63±0,15; SC: 2,31±0,23; SJ: 2,45±0,37 bpm/mmHg), entretanto, não houve melhora na atividade frente a fenilefrina. Houve redução na hipertrofia cardíaca (S:0,3008±0,0132; SC: 0,2673±0,008; SJ: 0,2774±0,006 g/cm). Foi possível observar redução no estresse oxidativo, demonstrado pela redução nos valores de AOPP (S: 1,417±0,370; SC: 0,519±0,176; SJ: 0,487±0,075 mM cloramina T/mg proteína) e TBARS (S: 1,65±0,08; SC: 1,48±0,02; SJ: 1,53±0,02 TBARS/mg de proteína), quando comparado ao grupo S, bem como aumento da atividade das enzimas antioxidantes SOD (S: 2,00±0,23; SC: 4,28±1,77; SJ: 16,02±5,66 USOD/mg de proteína) e Catalase (S: 1,30±0,39; SC: 1,70±0,22; SJ: 2,50±0,40ΔE/min/mg proteína).
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/695
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