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Título: Caracterização química e atividade biológica das cascas dos frutos do cambuí-roxo (Eugenia candolleana DC) e do bacupari (Garcinia brasiliensis Mart.)
Autor(es): Soares, Karla Lirio
Orientador(es): Scherer, Rodrigo
Palavras-chave: Mata Atlântica - Polifenóis - Antioxidante - Estresse oxidativo - Lesão renal
Data do documento: 29-Mai-2023
Resumo: Os benefícios do consumo de frutas têm sido associados com os compostos presentes nesses alimentos, como os compostos fenólicos que possuem atividade antioxidante e capacidade de prevenir doenças relacionadas ao estresse oxidativo. As espécies Eugenia candolleana (cambuí-roxo) e Garcinia brasiliensis (bacupari) ocorrem na Mata Atlântica, mas não possuem muitos estudos na literatura. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e a atividade biológica dos frutos do cambuí-roxo e do bacupari. As amostras foram coletadas no estágio maduro e depois as cascas separadas manualmente. A composição química foi analisada por UPLC-Orbitrap, o teor de fenólicos totais, flavonoides, antocianinas e atividade antioxidante foram analisadas por métodos químicos. Para análise in vivo foi utilizado o modelo animal de nefropatia induzida por contraste em camundongos suíços machos. Foram avaliados parâmetros bioquímicos, como a concentração sérica de creatinina e ureia, além de parâmetros relacionados ao estresse oxidativo, como determinação das concentrações de AOPP (produtos proteicos de oxidação avançada), TBARS (peroxidação lipídica através de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) e concentrações citoplasmáticas de peróxido de hidrogênio. Também foi avaliado os danos ao DNA pelo ensaio do cometa e danos ao tecido renal através de análises de histologia e microscopia eletrônica de varredura. Como resultado, foram identificados compostos fenólicos como os flavonoides quercetina e epicatequina em ambas as amostras. O cambuí foi a fruta que apresentou maior teor de compostos fenólicos totais (cambuí 54,8 ± 1,0 mg/g de extrato; bacupari 20,9 ± 0,9mg/g de extrato), assim como maior atividade antioxidante em todos os métodos avaliados. Nos ensaios in vivo, foi observado que o modelo utilizado levou ao desenvolvimento da lesão renal (valores grupo NIC: ureia – 188,32 16,82; creatinina – 0,63 0,08), e os extratos das cascas dos frutos do cambuí-roxo e do bacupari preservaram a função renal, reduzindo os níveis séricos de creatinina (C10: 0,36 ± 0,05 mg/dL; C100: 0,32 ± 0,05 mg/dL; B100: 0,34 ± 0,03 mg/dL) e ureia (C10: 85,20 ± 19,17 mg/dL) e diminui o dano oxidativo sistêmico (AOPP plasma – NIC: 0,31 ± 0,07 µmol/mg de proteína; B10: 0,13 ± 0,01 µmol/mg de proteína; B100: 0,15 ± 0,01µmol/mg de proteína) e local, se mostrando superior ao tratamento convencional com N-acetilcisteína. Além disso, os tratamentos preventivos com as frutas demonstraram efeitos antigenotóxicos e preservaram as estruturas renais, diminuindo as lesões glomerulares e tubulares renais nas análises histológicas. Sendo assim, no presente estudo foi possível verificar que as frutas analisadas possuem compostos fenólicos com atividade antioxidante. Também apresentou pela primeira vez que o tratamento profilático com o cambuí-roxo e o bacupari reduziu os danos renais causados pelo contraste, e que os compostos identificados nas frutas podem estar relacionados as atividades observadas. A utilização dessas frutas podem ser uma ferramenta promissora na prevenção da CIN.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/1018
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