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Título: Alteração no perfil de susceptibilidade de Aspergillus flavus a antifúngicos clínicos após exposição a agrotóxicos
Autor(es): Meireles, Leandra Martins
Orientador(es): Scherer, Rodrigo
Palavras-chave: Aspergilose - Drogas azólicas - Resistência - Infeções fúngicas - Antifúngicos - CIM
Data do documento: 2-Mar-2018
Resumo: A resistência aos antifúngicos azólicos em Aspergillus foi relatada em vários países. O desenvolvimento de resistência compromete a terapia e aumenta a probabilidade de falha terapêutica. A hipótese de origem ambiental de resistência tem sido proposta e associada ao uso de agrotóxicos azólicos no meio ambiente, uma vez que os agrotóxicos azólicos são quimicamente similares aos antifúngicos azólicos usados na clínica. Neste contexto, fungos ambientais considerados patógenos humanos, como o Aspergillus flavus, podem desenvolver resistência cruzada. O objetivo deste estudo foi avaliar a mudança no perfil clínico de susceptibilidade antifúngica de cepas de Aspergillus flavus após exposição a agrotóxicos. O teste de suscetibilidade foi realizado de acordo com o protocolo CLSI M38-A2 e os microrganismos foram expostos aos agrotóxicos por 28 dias. Os antifúngicos itraconazol, voriconazol e posaconazol foram testados em concentrações que variaram de 0,313 a 16 μg/mL. Os agrotóxicos tiabendazol, tebuconazol e metconazol foram utilizados durante o período de exposição ao fungo. Além disso, foi realizada uma avaliação das características macromorfológicas das colônias. A exposição a agrotóxicos alterou o perfil de suscetibilidade para os antifúngicos itraconazol, voriconazol e posaconazol; essa alteração foi caracterizada por um aumento na CIM de até 16, 16 e 32 vezes, respectivamente, evidenciando o desenvolvimento de fenótipos de resistência. As mudanças mais significativas foram encontradas após a exposição a um pool de agrotóxicos; essas alterações são relatadas aqui pela primeira vez. Para a combinação de metconazol, tebuconazol e tiabendazol, foi observado aumento do valor de CIM de 256 vezes. Este resultado indica uma ação sinérgica entre os compostos azólicos que potência o desenvolvimento de resistência cruzada. Além disso, a exposição a agrotóxicos mudou a pigmentação das colônias de verde para branco. O desenvolvimento de resistência cruzada gera grande preocupação na comunidade médica, porque a resistência cruzada está associada a riscos para a saúde humana, os agrotóxicos azólicos são usados indiscriminadamente e uma única aplicação geralmente inclui mais de um composto azólico.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/209
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