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Título: Efeitos da infusão contínua de xilazina, isoladamente e associada à morfina, butorfanol ou lidocaína, em equinos
Autor(es): Ginelli, Antonio Marcos Guimarães
Orientador(es): Monteiro, Eduardo Raposo
Palavras-chave: Agonistas alfa-2 - Sedação - Analgesia - Nocicepção - Opioides
Data do documento: 27-Set-2013
Resumo: Seis equinos hígidos com idade de 8,3 ± 3,5 anos e peso de 351 ± 67 kg foram submetidos a quatro tratamentos, de forma aleatória, com intervalo mínimo de uma semana entre eles. Os tratamentos consistiram da administração IV de um bolus seguido imediatamente de infusão contínua de xilazina (0,60 mg/kg e 0,65 mg/kg/h, todos os tratamentos) associados à solução salina (tratamentos X e XL), morfina (bolus 0,1 mg/kg, infusão 0,1 mg/kg/h, tratamento M) ou butorfanol (bolus 0,018 mg/kg, infusão 0,024 mg/kg/h, tratamento XB). Decorridos 15 minutos, os animais receberam um segundo bolus seguido de infusão contínua que consistiram de lidocaína (1,3 mg/kg e 3 mg/kg/h, tratamento XL) ou solução salina (tratamentos X, XM e XB). Variáveis cardiorrespiratórias, a altura da cabeça ao solo, o escore de sedação, o limiar nociceptivo ao estímulo elétrico e a motilidade intestinal foram avaliados durante 120 minutos de infusão e por mais 60 minutos após o seu término. Durante as infusões, o escore de sedação foi significativamente maior no XL do que no X aos 60 minutos. Nesse momento, as medianas(quartil menor-maior) de sedação foram 3,0(2,8-3,3); 3,0(2,0-4,5); 6,0(4,8-6,3); e 4,0(4,0-4,5) respectivamente nos tratamentos X, XM, XL e XB. Aos 120 minutos, a altura da cabeça foi significativamente menor no XL do que no XM e XB, sendo os valores dessa variável equivalentes a 55%, 65%, 43% e 63% do valor basal nos tratamentos X, XM, XL e XB. O limiar nociceptivo aumentou significativamente em todos os tratamentos durante a maior parte do período de infusão. As porcentagens máximas de aumento foram de 65%, 64%, 80% e 47% nos tratamentos X, XM, XL e XB, não havendo diferença significativa entre estes. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos nas frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, temperatura retal, variáveis hemogasométricas e motilidade intestinal. Houve redução significativa nas frequências cardíaca e respiratória e na motilidade intestinal bem como aumento na concentração expirada de dióxido de carbono em todos os tratamentos durante as infusões. Decorridos 60 minutos do término das infusões, a maior parte das variáveis retornou a valores próximos aos basais. Nas condições desse estudo, conclui-se que o grau de sedação provocado pela associação xilazina-lidocaína é mais intenso do que com a xilazina isoladamente ou associada a opioides e que a morfina e a lidocaína prolongam o efeito antinociceptivo provocado pela xilazina, sugerindo analgesia residual. A lidocaína e os opioides não intensificam os efeitos adversos causados pela xilazina e todos os tratamentos foram bem tolerados por equinos hígidos.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/265
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