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Título: Avaliação do efeito cicatrizante da Virola Oleifera (Schott) A. C. Smith em lesões cutâneas de ratos Wistar
Autor(es): Carvalho, Glaucimeire Rocha
Orientador(es): Pereira, Thiago de Melo Costa
Palavras-chave: Antioxidante - Ferida - Bicuiba - Extrato vegetal - Polifenol - Reepitelização
Data do documento: 31-Jul-2020
Resumo: Em regiões adjacentes à Mata Atlântica brasileira, o extrato da resina Virola oleifera (VO) tem sido utilizada popularmente há décadas como cicatrizante para pele e mucosas. Mais recentemente, estudos inéditos desenvolvidos em animais experimentais em nosso laboratório têm demonstrado o efeito protetor da VO em diversos distúrbios dependentes de estresse oxidativo. Entretanto, a VO ainda não foi investigada em cicatrização de feridas, cujo processo fisiológico também pode ser modulado por substâncias com potencial antioxidante. Portanto, o objetivo desse estudo foi investigar se a VO apresenta efeitos cicatrizantes in vivo por meio de aplicações tópicas previamente preparadas na forma de creme (5%, p/v). Para isso, foram utilizados ratos da linhagem Wistar, machos, adultos, divididos em quatro grupos: controle veículo (CV), controle positivo (CP, tratado com mistura convencional de ácidos graxos essenciais e triglicerídeos de cadeia média), virola (VO) e virola com uma base com efeito cicatrizante já caracterizado vegederme (VO+Veg), avaliados em 3 momentos classificados como dias 0, 4 e 10 de tratamento. Ao longo do processo, realizou-se a análise macroscópica da contração tecidual da ferida através do Image J e análise histológica dos parâmetros celulares inflamatórios e colagenização. Em relação à resposta cicatrizante, o grupo tratado com o creme de VO apresentou uma redução de 27% e 23% em relação aos grupos CV e CP, desenvolvendo importante contração da ferida (respectivamente, p<0,05). Quanto à análise de sangramento, formação de borda e crosta da ferida, o tratamento com VO também apresentou superioridade aos demais grupos, nos diferentes tempos de análise (p<0,05), sendo confirmada também por análise típica histológica. Em relação aos estudos de sobre o estresse oxidativo, os grupos VO e CP apresentaram redução expressiva dos níveis de oxidação proteica e peroxidação lipídica comparado aos grupos CV e VO+Veg (p<0,05). Quanto a avaliação de possível impacto de toxicidade, os resultados bioquímicos não demonstram efeitos tóxicos da formulação preparada com VO (p>0,05). Diante do exposto, nossos resultados demonstram a capacidade cicatrizante de uma formulação inédita preparada com VO, justificada, em parte, por mecanismos antioxidantes contribuindo para a resposta de reepitelização, tornando-se um promissor dermocosmético para o tratamento de cicatrização de feridas.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/520
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