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Título: Composição e atividade antioxidante de frutos do cambuí-roxo (Eugenia candolleana DC)
Autor(es): Soares, Karla Lirio
Orientador(es): Scherer, Rodrigo
Palavras-chave: Myrtaceae - Atividade biológica - Mata Atlântica - Fruta nativa - Perfil nutricional - Minerais
Data do documento: 28-Fev-2019
Resumo: O consumo diário de frutas é amplamente recomendado nas diretrizes dietéticas em todo o mundo, pois além dos macronutrientes, as frutas possuem diversos compostos bioativos importantes ao funcionamento do organismo, capazes de prevenir várias doenças devido à sua atividade antioxidante. A Eugenia candolleana, também conhecida como cambuí-roxo, é uma espécie endêmica no Brasil, nativa da Mata Atlântica, com escassos estudos na literatura. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição e a atividade antioxidante dos frutos de cambuí-roxo. As amostras foram coletadas em dois diferentes estádios de maturação e separadas em polpas com cascas, e sementes. Foram feitas análises de composição centesimal de acordo com os métodos da AOAC, composição de minerais por ICP OES, ácidos orgânicos por HPLC, vitaminas do complexo B por LC-ESI-MS/MS, ácidos graxos por GC-FID, o teor de fenólicos totais e taninos por folin-ciocalteu, teor de antocianinas monoméricas pelo método de pH diferencial e a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de sequestro de radicais livres ABTS, FRAP, DPPH e ânion superóxido. Os resultados demonstraram que a fruta possui poucas calorias por porção (36,6 – 44,80 kcal/100 g de Fruta Fresca). A polpa 1, mais madura, obteve maior teor de açúcares livres (9,52 g/100 g FF). As polpas demonstraram serem boas fontes de fibras (4,20 – 5,5 g/100 g FF), e as sementes apresentaram altas quantidades de fibras (40,8 – 41,4 g/100 g FF) e proteínas (3,7 – 4,2 g/100 g FF). Em geral, as sementes podem ser consideradas fontes de minerais como ferro (1,36 – 1,56 mg/100 g FF), fósforo (68,45 – 72,28 mg/100 g FF), potássio (288,23 – 288,55 mg/100 g FF). O ácido orgânico majoritário foi o ácido cítrico (1,00 – 2,0 g/100 g FF), e os ácidos málico (0,6 – 0,8 g/100 g FF) e tartárico (0,6 g/100 g FF) foram encontrados somente nas sementes. A amostra de polpa mais madura pode ser considerada fonte de riboflavina (68,3 μg/100 g FF). Os frutos de cambuí-roxo apresentaram alta proporção de ácidos graxos insaturados (59,4-70,9%) em relação aos saturados (29,1-40,6%), sendo o ácido linoleico (C18:2 n-6) o predominante em todas as amostras (55,29 – 342,20 mg/100 g FF). As antocianinas foram encontradas somente nas polpas (13,23 – 19,74 mg/g). Na análise de teor de compostos fenólicos totais e taninos, as sementes (61,50 – 79,80 mg/g; 31,50 – 41,50 mg/g; respectivamente) apresentaram valores significativamente maiores que as polpas (14,20 – 22,00 mg/g; 3,40 – 6,60 mg/g). Da mesma forma, as sementes demonstraram maior capacidade antioxidante que as polpas em todos os métodos avaliados, indicando que os compostos presentes na fruta são, possivelmente, os responsáveis por sua atividade antioxidante. A partir desses resultados pode-se concluir que a fruta cambuí-roxo apresenta um bom perfil nutricional, podendo ser incluída na alimentação das pessoas. A viabilidade da produção de um suplemento com as sementes pode ser estudada posteriormente. Além disso, a fruta é promissora do ponto de vista farmacêutico, pois apresentou atividade biológica que pode ser melhor explorada em estudos futuros.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/523
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