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dc.contributorRibeiro Júnior, Humberto-
dc.contributor.authorVidigal, Helisa Couto-
dc.date.accessioned2020-11-11T17:22:39Z-
dc.date.available2020-11-11T17:22:39Z-
dc.date.issued2020-03-20-
dc.identifier.urihttps://repositorio.uvv.br//handle/123456789/561-
dc.description.abstractEste trabalho objetivou compreender se é possível verificar elementos de sofisticação da escravidão por meio da instituição contemporânea da prisão, estabelecendo-se olhar capaz de compreender a lógica racista que opera através do Sistema Penal, em especial, investigar que no Brasil até hoje a prisão está orientada por cor. Como referencial teórico, pode-se apontar a biopolítica em Foucault e Agamben, reconstruída pela necropolítica de Mbembe, demonstrando que a lógica prisional funciona pela biopolítica e a fusão de morte e política mais explícita já vista se deu na colonização. Nesse passo, o centro da pesquisa está no funcionamento do poder de matar do Estado instrumentalizado pelo racismo e pela prisão, visto que não recairá sobre toda e qualquer parcela da sociedade, mas que será responsável por segregar e exterminar o povo preto. Em conjunto com a visão de Mbembe, aproveitou-se de debate criminológico proposto por Zaffaroni denominado “Realismo Marginal” entendendo-se que não é possível pensar a atuação dos sistemas jurídicos penais nas Américas sem pensar a história de morte e de extermínio que aqui se operou, devendo-se trazer a lume a criminologia que trate da lógica do realismo marginal, considerando, ainda, o racismo como engrenagem do aparelho estatal de violência e morte. Houve, posteriormente, a abordagem do positivismo criminológico, pois forneceu o aparato ideológico necessário para que a atuação racista do Estado permanecesse, o que se constatou pelos dados prisionais que revelam que ainda na contemporaneidade não mudou o aspecto racializado da prisão, o que se demonstrou a partir da análise dos dados oficiais de encarceramento. Nesse compasso, deve-se dizer que o método abordado para a confecção da dissertação foi o dedutivo e a técnica de pesquisa empregada foi a bibliográfica, norteando-se por autores que se dedicam às teorias raciais, tais como Ana Flauzina, Evandro Piza, Camila Prando, Angela Davis, Achille Mbembe. Por fim, a partir do Calabouço, analisou-se que há um modelo de gestão biolítica aplicada à população negra e com o objeto de impor dor, sofrimento e morte, não havendo solução de continuidade, pois visto que perdura contemporaneamente, ainda que de modo mais sofisticado e aperfeiçoado.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectEscravizaçãopt_BR
dc.subjectPrisãopt_BR
dc.subjectSegregaçãopt_BR
dc.subjectMortept_BR
dc.subjectBiopolíticapt_BR
dc.titleDos grilhões as algemas: projeto de encarceramento e extermínio baseado na raçapt_BR
dc.typeDissertationpt_BR
dc.publisher.countrybrasilpt_BR
dc.description.resumoThis work aimed to understand an idea corresponding to the continuity of slavery through the contemporary institution of the prison, establishing a view capable of understanding the racist logic that operates through the Penal System, in particular, to demonstrate that in Brazil until today the prison is guided by color. As a theoretical framework, we can point to biopolitics in Foucault and Agamben, reconstructed by Mbembe's necropolitics, demonstrating that the prison logic works through biopolitics and the fusion of death and politics more explicitly occurred in colonization. In this step, the center of the research is in the functioning of the killing power of the State, exploited by racism and prison, since it will not fall on any and all parts of society, but will be responsible for segregating and exterminating the black people. In conjunction with Mbembe's view, he took advantage of the criminological debate proposed by Zaffaroni called “Marginal Realism”, understanding that it is not possible to think about the performance of criminal justice systems in the Americas without thinking about the history of death and extermination that is here it operated, and the criminology that deals with the logic of marginal realism should be brought to light, also considering racism as the cog in the state apparatus of violence and death. There was, later, the approach of criminological positivism, as it provided the necessary ideological apparatus for the racist performance of the State to remain, which was evidenced by the prison data that reveal that the racialized aspect of the prison has not yet changed, which has been demonstrated from the analysis of official incarceration data. In this compass, it must be said that the method addressed for the preparation of the dissertation was inductive and the research technique used was the bibliographic, guided by authors who are dedicated to racial theories, such as Ana Flauzina, Evandro Piza, Camila Prando, Angela Davis, Achille Mbembe. Finally, from the Calabouço, it was analyzed that there is a biological management model applied to the black population and with the object of imposing pain, suffering and death, with no continuity solution.pt_BR
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