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Título: Comportamento autolesivo na adolescência: uma proposta de compreensão a partir da função da autolesão
Autor(es): Dezan, Myrthes Freitas Lopes
Orientador(es): Pylro, Simone Chabudee
Palavras-chave: Autolesão - Autoagressão - Automutilação - Adolescente - Violência
Data do documento: 26-Fev-2021
Resumo: O comportamento autolesivo, ato de o indivíduo provocar ferimentos de forma intencional no próprio corpo, consiste em um problema de saúde e de segurança pública por se tratar de violência na forma autoinfligida de modo que se está a tratar de questão permeada de complexidade e por um delineamento multifatorial. Em vista do exposto e tomando como premissa o entendimento de que adolescentes que passam por problemas em suas relações sociais são mais suscetíveis de se autolesionarem, este estudo teve por objetivo compreender as funções da autolesão no comportamento autolesivo na adolescência, como relembrado, percebidas e supostas a partir de lembranças de participantes adultos que se autolesionaram na adolescência ou que conheceram adolescentes com o comportamento. O método utilizado foi uma pesquisa exploratória descritiva, com 508 participantes de ambos os sexos, maiores de idade, entre 18 e 75 anos, de diferentes regiões do Brasil. O convite para a participação no estudo se deu por meio de Redes Sociais Digitais e a coleta de dados, mediante resposta ao Questionário de Declarações do Comportamento Autolesivo - QDCA, inspirado e desenvolvido a partir do “Self-Injury Questionnaire –SIQ”, formulado por Ann Alexander Laurel, e do “Inventory of Statements About Self-injury”- ISAS, consolidado por E. David Klonsky e Catherine R. Glenn. A análise de dados qualitativos se deu a partir das declarações e os dados quantitativos foram analisados a partir da frequência simples das respostas. Os resultados confirmaram pesquisas anteriores quanto aos métodos, aparente prevalência do sexo feminino e de início na adolescência, fatores de risco e de proteção. Achados novos apontam que, aparentemente, quanto mais cedo se inicia o comportamento, entre os 5 a 9 anos, maior é o tempo que de permanência, em média 16,6 anos, enquanto os que iniciam na adolescência, tendem a abandonar a se recuperar em menos tempo, convivendo, em média 3,43 anos, com o comportamento. Outro achado relevante está na percepção de que a dor ou a anestesiação desta, desempenha uma função determinante para a manutenção do comportamento, visto que são condições que respondem as sensações negativas presentes antes da autolesão. O autocontrole, auxiliado por apoio psicológico, de amigos e espiritual aparecem como medidas interventivas importantes. O comportamento autolesivo, resultante de um ciclo repetitivo de comportamento, deve ser estudado de forma autônoma e separado da autolesão quando resultado de outro transtorno mental.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/894
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