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Título: Transtornos mentais e Covid-19 em trabalhadores: estudo sobre o afastamento laboral no Brasil
Autor(es): Santos, Vitor Maia
Orientador(es): Andrade, Tadeu Uggere de
Favoreto, Maurício Gomes
Palavras-chave: Transtornos mentais - Absenteísmo - Saúde do trabalhador - Coronavírus - Pandemia
Data do documento: 28-Jul-2022
Resumo: Introdução: Nos últimos anos, os afastamentos no trabalho por motivo de transtornos mentais têm ganhado cada vez mais visibilidade. De acordo com dados da previdência social, a depressão aparece como uma das maiores causas de incapacidade no trabalho. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano de 2020 a depressão seria a maior causa de afastamento por incapacidade no mundo. Os transtornos de ansiedade estão entre os transtornos mentais mais prevalentes na população em geral. Segundo a OMS, o Brasil sofre uma epidemia de ansiedade, sendo considerado o país mais ansioso do mundo. A depressão e o transtorno de ansiedade comprometem significativamente a qualidade de vida e a produtividade das pessoas. Enquanto na depressão o sentimento de tristeza é o sintoma predominante, na ansiedade prevalece um sentimento de apreensão, preocupação excessiva e medo. A pandemia por Covid-19 impactou neste cenário ocupacional, forçou mudanças radicais no setor econômico, educacional, cultural e religioso. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar o afastamento laboral por transtorno mental, ansiedade e depressão, em trabalhadores no Brasil, antes e durante a pandemia por Covid-19. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio dos dados do banco de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com todos os registros de trabalhadores, nos meses de janeiro de 2016 a dezembro de 2021. Os dados foram analisados com o uso da estatística descritiva e testes inferenciais. Resultado: A amostra foi de 883.941 trabalhadores. Os trabalhadores que se afastaram por transtornos mentais eram, majoritariamente, mulheres, com idade entre 35 e 39 anos, o ano de maior prevalência foi 2020. Em relação aos trabalhadores que se afastaram por Covid-19, os homens apresentaram maior prevalência, com idade entre 35 e 54 anos, constatou-se o ano de 2021 como o de maior afastamento. De modo geral, o Distrito Federal foi o que mais apresentou afastamento laborativo por depressão, ansiedade e covid-19. Foi comprovado um aumento considerável nos afastamentos por depressão e ansiedade no período de pandemia em comparação aos quatro anos que antecederam a pandemia no Brasil. Conclusão: O estudo traz dados importantes sobre a saúde mental ocupacional, demonstrando a necessidade do envolvimento do serviço de saúde do trabalhador no planejamento de ações de promoção à saúde. Espera-se estimular os empregadores a investirem nos aspectos relacionados à saúde mental dos seus trabalhadores, com vistas a promover a saúde e evitar o afastamento laboral.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/951
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