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Título: Estudo do potencial bioativo do pólen de pote de Melipona capixaba (Hymenoptera: Apidae)
Autor(es): Pessoa, Iana Soares
Orientador(es): Fronza, Marcio
Palavras-chave: Abelha sem ferrão - Pólen de pote - Antioxidante - Anti-inflamatório
Data do documento: 25-Fev-2022
Resumo: O pólen das abelhas sem ferrão, conhecido como “Pólen de Pote”, apresenta grande variação em sua composição química e bioativa conforme espécie de abelha, espécie floral, região e estação do ano, o que dificulta o estabelecimento de padrões de qualidade. Este estudo teve como objetivo investigar a composição química e avaliar a atividade antioxidante e anti-inflamatória in vitro do pólen de pote da abelha Melipona capixaba proveniente de diferentes locais e altitudes. Extratos do pólen de pote de três diferentes municípios do estado do Espírito Santo, Brasil, foram preparados empregando a maceração assistida por ultrassom utilizando como solvente uma mistura hidroetanólica à 70%. O conteúdo de flavonoides foi determinado por método espectrofotométrico após a reação com o cloreto de alumínio e expresso em g equivalente de quercetina (g QE)/100g do extrato). O teor de fenólicos e taninos foi estimado pelo método Folin-Ciocalteau expressos em g equivalentes de ácido gálico (g GAE)/100g do extrato). Os compostos bioativos foram identificados através de espectrometria de massas (ESI-FT-ICR MS). A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos químicos do sequestro do radical ABTS e DPPH. A citotoxicidade in vitro dos extratos de pólen de pote foi investigada em cultura de fibroblastos (L929), macrófagos (RAW 264.7) e melanoma (MV3) pelo método colorimétrico do MTT. A inibição da produção do ânion superóxido (O2•-) e óxido nítrico (NO) e das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-6 foram avaliadas em macrófagos estimulados por LPS. Na quantificação do teor de flavonoides, fenólicos totais e taninos foram encontradas diferenças significativas entre as três amostras, as maiores concentrações médias obtidas foram 10,74 ± 1,21 (g QE / 100g) para flavonoides, 10,70 ± 0,66 (g GAE / 100g) para fenólicos e 8,91 ± 0,88 (g GAE / 100g) para taninos totais. Foram identificados nos diferentes extratos de M. capixaba cinquenta compostos bioativos. Os menores valores de IC50 para atividade antioxidante obtido no ABTS foi de 13,68 ± 2,52 µg/mL e no DPPH de 40,27 ± 11,53 µg/mL. Na produção de mediadores do processo inflamatório in vitro as três amostras tiveram efeito redutor de O2•-. Inibição significativa na produção de IL-6 e TNF-α foi observado na concentração de 20 µg/mL em diferentes amostras. No geral o pólen de pote localizado em maior altitude apresentou os melhores resultados para atividade antioxidante e anti-inflamatória, entretanto apesar do gradiente altitudinal influenciar em fatores ecológicos outras análises podem contribuir para esclarecer melhor essa questão. Os resultados apresentaram, pela primeira vez, elucidações sobre a composição química e potenciais atividades bioativas do pólen de pote de M. capixaba, o que pode contribuir como referência para elaboração de uma norma futura, específica para os produtos das abelhas sem ferrão.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/954
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