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Título: Respostas de estresse em lambari (astyanax lacustris) anestesiado em óleo essencial de erva cidreira (Lippia alba)
Autor(es): Reginato, Luciano Amadeu
Orientador(es): Gomes, Levy de Carvalho
Palavras-chave: Lippia alba - Anestésico - Estresse - Óleo essencial - HSP70 - Expressão gênica
Data do documento: 5-Set-2022
Resumo: O transporte e manuseio de peixes ocasiona estresse nos indivíduos e interfere diretamente em suas atividades naturais, sendo necessário sua anestesia para diminuição da letalidade e lesões traumáticas advindas pelo transporte. Os anestésicos utilizados atualmente são majoritariamente sintéticos e com custo elevado de obtenção, mas existem compostos naturais e com custos menores que apresentam a mesma função, como o óleo essencial de Lippia alba (OELA). Porém, os óleos são substâncias hidrofóbicas e necessitam da utilização de dispersantes para maior diluição do produto e maior aproveitamento. Ademais, o presente trabalho teve como objetivo verificar as respostas de estresse causadas pela anestesia utilizando o óleo essencial de Lippia alba em lambaris (Astyanax lacustris) em nível molecular e celular, com utilização de etanol como dispersante e tween. Após a anestesia e recuperação dos indivíduos, a partir da coleta de sangue foi realizada a dosagem de glicose e lactato e posteriormente a dosagem de cortisol. Para a análise da expressão gênica da enzima HSP 70 utilizou-se o fígado para obtenção de DNA complementar e posterior análise de PCR em tempo real. Os animais anestesiados com OELA na concentração de 250 ul/L com dispersante tween e etanol por um período de 10 minutos, 90,75% se encontraram anestesiados profundamente (estágio III). O dispersante tween e etanol apresentaram diferença significativa (p<0,05) quando comparados apenas no estágio II de anestesia em 10 minutos. A glicose apresentou aumento logo após a anestesia utilizando OELA na concentração de 250 ul/L com dispersante tween e etanol, mas apresenta diminuição posterior na exposição de 10 minutos. O lactato teve uma diminuição em relação ao grupo controle nas duas situações. O cortisol teve um aumento nos grupos anestesiados em relação ao grupo controle. A expressão gênica da enzima HSP 70 não apresentou diferença significativa entre os grupos controle, tween com OELA e etanol com OELA. A anestesia dos animais por um período de 15 minutos apresentou alta taxa de letalidade dos organismos (66,66%) e alta glicose sanguínea. Portanto, nota-se que o OELA é um anestésico eficiente e seguro para Astyanax lacustris no tempo de anestesia de 10 minutos, não acarretando estresse, e podendo ser utilizado para manejo e transporte de indivíduos por menor custo e com segurança para os animais.
URI: https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/961
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