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https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/993
Título: | Efeitos do treinamento muscular inspiratório sobre a força muscular inspiratória, a endurance muscular inspiratória e a capacidade funcional de pacientes com síndrome pós-covid-19 |
Autor(es): | Gracelli, Maurício Bona |
Orientador(es): | Andrade, Tadeu Uggere de |
Palavras-chave: | Covid-19 - Treinamento muscular inspiratório - PImáx - Endurance - S-Index - Capacidade funcional |
Data do documento: | 7-Fev-2023 |
Resumo: | Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, devido ao caráter altamente contagioso e a crescente ameaça à saúde global, a OMS, em 11 de março de 2020, elevou a condição da contaminação a uma pandemia. Dentre os sintomas tardios apresentados pelos pacientes na fase pós COVID-19 são destacados os respiratórios. O diafragma, principal músculo da respiração, também pode sofrer alterações estruturais e funcionais, advindas do processo inflamatório, decorrentes da infecção por SARS-CoV-2. A fraqueza muscular respiratória é uma condição comum em diversas doenças cardíacas e pulmonares. Além da fraqueza, podemos observar nesses pacientes fadiga muscular ventilatória e baixa capacidade funcional. O treinamento muscular respiratório é uma forma eficaz e específica para tratar fraqueza e/ou fadiga dos músculos respiratórios, esse promove incremento da força e endurance dos músculos responsáveis pela respiração, melhora na capacidade do exercício e na qualidade de vida, além de diminuir a percepção de sintomas como a dispneia. Os estudos dos efeitos do treinamento muscular inspiratório em paciente pós-COVID-19 ainda são escassos na literatura. A questão norteada para este estudo é: O treinamento muscular inspiratório traz incremento de força e endurance dos músculos inspiratórios, e da capacidade funcional em pacientes pós-COVID-19? Objetivo: O objetivo central deste estudo foi avaliar o efeito do TMI sobre a força e a endurance muscular inspiratória, e na capacidade funcional de indivíduos que apresentaram a forma sintomática e sobreviveram a COVID-19. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado. Os pacientes do grupo controle (GC) realizaram reabilitação pulmonar convencional, composta por fortalecimento muscular e treinamento aeróbico. Já o grupo tratamento (GT) recebeu a mesma intervenção acrescido do TMI. A amostra foi constituída por 30 indivíduos com diagnóstico positivo para infecção do SARS-CoV-2 avaliada por meio do exame de RT-PCR, que já passaram pelo período de infecção ativa e que atendiam a todos os critérios de inclusão e exclusão. Os dados foram planilhados em Microsoft Excel e exportados para o programa R Core Team (2022) a fim de verificar a existência de diferença estatisticamente significante entre as médias das variáveis sob estudo entre grupo controle e grupo tratado, foi realizado o teste não paramétrico de Mann Whitney. Para testar as diferenças das médias dentro dos grupos, foi realizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Em ambos os testes o nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Em ambos os grupos os parâmetros observados alcançaram diferença significante da avaliação para a reavaliação, exceto na PImáx do GC. Comparações intragrupo da avaliação para reavaliação no GC: Pimáx de 96,9 cmH2O para 96,7 cmH2O, S-Index de 77,8 cmH2O para 85,5 cmH2O, endurance dos músculos inspiratórios de 194,4 seg para 272,5 seg), TSL 1 min de 27 repetições para 35,3 repetições. Enquanto no GT: de 88,71 cmH2O para 117,6 cmH2O para valores de PImáx, de 77,93 cmH2O para 93,3 cmH2O para a S Index, de 174 seg para 420 seg no tempo de endurance dos músculos inspiratórios e de 24,1 repetições para 37,3 repetições para o TLS 1 min. Quando comparado as médias de variação da avaliação para a reavaliação, média dos deltas, do GC para o GT observamos diferença significante em todos os valores. Onde: o delta de PImáx no GC foi - 0,3 cmH2O e no GT 28,9 cmH2O, o delta de S-Index no GC foi 7,7 cmH2O e no GT 15,3 cmH2O, o delta do tempo de endurance dos músculos inspiratórios foi 78,1 seg e no GC e 246,0 no GT, e no número de repetições do TSL 1 min foi 8,3 repetições no GC e 13,2 repetições no GT. Conclusão: Em pacientes com síndrome pós-COVID-19 a força e a endurance muscular inspiratória, assim como a capacidade funcional, tiveram melhoras associadas a realização de TMI em um protocolo de exercícios supervisionados por 06 semanas. Sugere-se novos estudos analisando os efeitos do TMI em outros parâmetros nesses pacientes. |
URI: | https://repositorio.uvv.br//handle/123456789/993 |
Aparece nas coleções: | Dissertação de Mestrado |
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